Blog que pretende disponibilizar materiais e conteúdos de Geografia ao universo virtual fazendo a articulação com as TIC em ambiente escolar. Um olhar moderno sobre uma disciplina muitas vezes encarada de forma antiquada.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, mais de mil milhões de pessoas vivem em locais onde o ar não é respirável;
Cada cidadão da União Europeia produz anualmente cerca de 2,5 toneladas de Dióxido de Carbono enquanto que, nos EUA cada cidadão produz no mesmo período de tempo, 5,5 toneladas de Dióxido de Carbono;
Se não fizermos nada para reduzir a produção de Dióxido de Carbono, estima-se que por volta de 2060, esta terá duplicado;
Em cada ano um automóvel produz, em média, quase quatro vezes o seu peso em CO2;
Grande parte da energia Solar é absorvida e reflectida para a atmosfera, se assim não fosse, a superfície do planeta esterilizava;
Uma lâmpada fluorescente consome menos ¼ de energia e dura 10 vezes mais que uma lâmpada normal;
O simples isolamento do telhado permite reduzir cerca de 20% os custos energéticos;
Se não existisse atmosfera, a temperatura da Terra dispararia durante o dia e cairia a pique à noite e assim a temperatura média da terra seria uns 33ºC inferior à actual, que ronda os 15ºC
Peritos delimitaram este ano o buraco na camada do ozono em pouco mais de 23 milhões de quilómetros quadrados, seis milhões menos que em 2003;
Na Suécia há cerca de 4000 lagos sem vida e 16000 estão contaminados pelas chuvas ácidas;
A Terra está rodeada por um manto de substâncias químicas gasosas. Este manto, a atmosfera, dá sustento e protecção a todas as formas de vida no nosso planeta. Ao longo dos anos, a composição da atmosfera tem-se vindo a alterar sendo que actualmente o ar é composto por 78% de azoto, 21% de oxigénio e o restante 1% constituído por outros gases, tais como, vapor de água, dióxido de carbono, árgon e vestígios de hélio, hidrogénio, ozono, crípton e néon. Após alguns estudos realizados, foram descobertas um total de cinco camadas atmosféricas distintas com diferentes níveis de temperatura.
A camada mais baixa da Atmosfera designa-se Troposfera e estende-se até uma altitude de 10 a 12km. Em média a temperatura desce uns 7ºC por km. Esta camada contém cerca de 80% do ar existente na Terra e é nela que se passam os fenómenos meteorológicos (vento, nuvens, trovoada, chuva, etc.);
A camada seguinte, a Estratosfera estende-se até aos 50km acima da superfície da Terra e a sua temperatura aumenta lentamente para os 4ºC. É nesta camada que se situa a Camada do Ozono;
Por cima da Estratosfera encontra-se a Mesosfera, que se estende até cerca de 80km acima da superfície terrestre. Nesta camada a temperatura volta a descer até cerca de -90ºC. É nesta camada que se volatilizam as estrelas cadentes, os meteoritos e os fragmentos de satélites artificiais;
Na camada seguinte, a Termosfera, a temperatura sobe de forma estrondosa chegando a alcançar 1480ºC em certas condições e estende-se até cerca de 600km. Esta camada também nos protege dos meteoritos e dos satélites obsoletos porque as suas temperaturas elevadas queimam quase todos os detritos que se aproximam da Terra;
Por fim na Exosfera, existe uma pequena quantidade de gases como o hélio, o azoto, o oxigénio e o árgon. Aqui as temperaturas oscilam entre os 300ºC e até aos 2000º C e as altitudes podem alcançar os 960km acima da superfície da Terra.
A Terra disponibiliza ao Homem uma diversidade de recursos, os quais são fundamentais para satisfazer as necessidades das populações. A esses recurso dão-se o nome de recursos naturais.
Tendo em conta o tempo necessário para a sua formação e o ritmo a que são explorados, podemos dividi-los em dois grandes grupos:
Recursos não renováveis - são todos aqueles que se esgotam à medida que se utilizam, isto é, têm um fim. Esses recursos existem em quantidades fixas, ou são consumidos mais rapidamente do que natureza pode produzi-los. Ex: Petróleo, Carvão, Gás Natural, ...
Recursos renováveis - são todos aqueles que, se o Homem os souber preservar e utilizar, não têm fim, isto é, são inesgotáveis. Ex: solo, água, florestas e fontes energéticas como a solar, hidráulica, eólica,...
O smog (do inglês 'smoke', fumo + 'fog', nevoeiro) é um fenómeno cada vez mais visível nas grandes áreas urbanas, em particular no Verão.
Os principais constituintes do smog são os oxidantes fotoquímicos, como o ozono troposférico e os peroxi-acetil-nitratos (PAN). O ozono troposférico forma-se quando os óxidos de azoto reagem com os compostos orgânicos voláteis, na presença da luz solar.O ozono, apesar da sua utilidade nas camadas superiores da atmosfera, é um gás bastante tóxico para os seres humanos, sendo letal a menos de 1 ppm (parte por milhão).
Provoca irritações e danos nos olhos, na pele e nos pulmões, seca as membranas protectoras do nariz e da garganta e interfere no sistema imunitário. Este gás agrava também as doenças respiratórias como a asma, sendo por isso os portadores deste tipo de doenças e as crianças mais vulneráveis.
Outro problema do ozono troposférico é o facto de este transformar os hidrocarbonetos presentes na atmosfera, libertados devido ao mau rendimento dos motores de explosão, em compostos que se vão por sua vez associar ao dióxido de azoto para formar um novo tipo de poluente, os PAN, o outro constituinte do smog.
Os PAN, ao serem transportados pelo vento para as zonas agrícolas e florestais, atacam a vegetação, provocando a necrose das folhas, diminuindo o rendimento da fotossíntese e, consequentemente, das culturas.
Aqui fica uma possível sistematização dos motivos/causas dos movimentos migratórios
A mobilidade é uma característica de praticamente todos os seres vivos. Fundamentalmente, as migrações são movimentos horizontais (deslocamentos), que tendem a um equilíbrio demográfico à superfície do Globo, este equilíbrio, como é óbvio, é realizado inconscientemente, mas qualquer migração tende a estabelecer um determinado equilíbrio.
Económicas - provavelmente deverá ser a causa fundamental que leva as pessoas a migrarem, quase sempre resultante da diferença de desenvolvimento socioeconómico entre países ou entre regiões. Quase sempre, nestes casos, os indivíduos migram porque querem assegurar noutros locais um melhor nível de vida, onde os salários são mais elevados, as condições de trabalho menos pesadas, onde a assistência social é mais eficaz, enfim, vão para onde pensam ir encontrar uma vida mais agradável.......o que, diga-se de passagem, nem sempre acontece. Por exemplo, ir trabalhar para a Alemanha, pois dum modo geral, os salários lá, são mais elevados.
Naturais - dum modo geral, este motivo de migrações, leva a que sejam migrações forçadas, pois devido a causas naturais (cheias, terramotos, secas, vulcões...) a vida e a sobrevivência das pessoas fica em risco, pelo que se vêem forçadas a abandonar os seus locais de residência.
Turísticas - são as que se efectuam normalmente, pela maioria das pessoas, em determinadas épocas (ou estações) do ano, que por isso mesmo, também são uma forma de migrações sazonais. São aquelas deslocações que se efectuam no período das férias de Verão, Natal, Páscoa, etc...
Laborais - São todas as deslocações que se efectuam por motivos profissionais. Podem também ser sazonais e dum modo geral, são temporárias. Um exemplo muito fácil de compreenderem, é o dos docentes, que na sua maioria, são colocados (muitas vezes sem grande vontade) quase todos os anos lectivos em escolas diferentes e por vezes, longe das suas residências.
Políticas - São dum modo geral migrações externas, que devido a mudanças nos governos de países, alguns habitantes se vêem forçados (mas nem sempre) a saírem desse país. Por exemplo, quando se deu a independência de alguns países africanos, muitos dos seus habitantes tiveram de sair deles e ir para outros países; aconteceu com os portugueses em Angola, Moçambique, Guiné, mas também com franceses em Marrocos, Argélia, Indochina, ou com ingleses na ex-Rodésia, etc...
Étnicas - esta palavra, muitas vezes confundida com racismo, tem mais a ver com diferenças entre culturas e povos, podendo ou não ser da mesma raça. Por exemplo, na II Guerra Mundial, havia muitos judeus na Alemanha e, para Hitler, eles constituíam um povo inferior, pelo que tentou exterminá-los, contudo, eles eram ambos (alemães e judeus) de raça branca. Também recentemente, na ex-Jugoslávia, muitos povos se viram forçados a emigra apenas por pertencerem a outra cultura.
Religiosos - há muitas migrações, muitas delas externas, cujo único objectivo é a deslocação a um determinado centro de fé, de acordo com a religião de cada indivíduo. Como exemplo podem-se citar as peregrinações a Fátima, Santiago de Compostela (Espanha), Lourdes (França), Meca (Arábia), entre muitos outros espalhados pelo mundo. Aliás, a titulo de curiosidade, a religião muçulmana obriga cada um dos seus crentes a deslocarem-se pelo menos uma vez na vida, a Meca, ao túmulo do profeta.
Culturais - poucos consideram este motivo uma causa de migração, contudo, há muitas pessoas que se deslocam (normalmente temporariamente) para outros locais, apenas com uma finalidade cultural, ou de enriquecimento de conhecimentos. Por exemplo, ir a outro país tirar um curso de pós graduação, ou um doutoramento.... ter de sair do local de residência porque a universidade/faculdade onde um estudante conseguiu entrar se situa muito longe, etc...
Considera-se como "função da cidade" à actividade principal que leva a considerar esta ou aquela cidade "especializada" nessa mesma actividade. É claro que em todas as cidades existem inúmeras actividades (todas as cidades têm um pouco de todas as funções), contudo, há sempre uma delas que mais se destaca, e pela qual a cidade é conhecida e ganha fama. Função político-administrativa - Esta é por excelência a actividade que caracteriza qualquer capital de Estado, pois costuma ser na capital do país, que se encontram a sede do Governo, bem como os centros de decisão das grandes empresas, banca, seguros, comunicações, embaixadas, etc... No entanto, ao longo da História, muitas cidades surgem por simples vontade dos seus governantes. São inteiramente planeadas e criadas para satisfazer uma necessidade ou conveniência política, como por exemplo Madrid, que foi mandada erguer por Filipe II, para colocar a capital no centro geométrico da Península; Versailles (arredores de Paris) existe por vontade de Luís XIV para ali passar férias - a capital é Paris; Brasília (inaugurada em 1960) foi ali construída numa tentativa de desenvolver o interior do Brasil e "descongestionar" o litoral.
Função industrial - Com a Revolução Industrial surgiram inúmeras cidades.... muitas delas entraram em declínio, com o esgotamento das matérias-primas e fontes energéticas que as "alimentavam", mas a maioria das cidades que foram fruto da expansão industrial, ainda tem como principal função, a indústria. As indústrias são como imanes...são pólos de atracção de mão-de-obra e de outras indústrias que se interligam (bancos, seguros, transportes, alojamento, restaurantes....). Como exemplo de cidades industriais, podem-se citar: Sines, Barreiro, Estarreja, Manchester, Joanesburgo, Turim, Essen, Manheim, Estugarda, Lille, etc...
Função comercial - É talvez a função urbana por excelência. Muitas das cidades actuais com esta função, têm a sua origem na Idade Média, onde em certas localidades se realizavam feiras, que foram adquirindo importância e levaram à fixação de populações, que foram aumentando, até se tornarem em centros urbanos com importância (ex. Frankfurt, Bruxelas). Se essas primeiras cidades comerciais surgiram em locais que reuniam condições naturais para as trocas de produtos (cruzamento de caminhos, portos de litoral e fluviais), hoje, essas condições bem como os modernos aeroportos e locais específicos de transporte rodoviário e ferroviário, continuam a proporcionar condições para as trocas comerciais. Alguns exemplos: Marselha, Amesterdão, Colónia, Detroit, Dakar, Montreal.
Função financeira - De grande importância na vida moderna, consiste na centralização em determinadas cidades, das actividades que movimentam grandes somas de dinheiro, tais como a banca, os seguros, as Bolsas de Valores (Chicago, Nova Iorque, Paris, Tóquio, Berna, Zurique...)
Função de defesa (militar) - A maior parte destas cidades surgiu também na Idade Média, com as cidade-fortaleza, construídas preferencialmente no cimo de elevações, onde era edificado um castelo e rodeado por muralhas. Muitas das actuais cidades derivam deste factor: Bragança, Leiria, Roma, Toledo, Almeida, Elvas....
Função cultural - Esta função relaciona-se com a edificação (também remontando à Idade Média) de universidades, conventos ou abadias, pois era o clero (naquela época) que detinha a literacia. Actualmente, para além de locais com famosas universidades, há ainda a acrescentar a cidades com esta função, locais de investigação e centros de estudo: Coimbra, Oxford, Cambridge, Salamanca.
Função religiosa - Surgiram em locais de "aparições", de importantes mosteiros, catedrais, etc... Estes locais são considerados importantes centros de fé e atraem milhares de peregrinos (gerando assim enormes receitas a outros serviços - alimentares, alojamento, comerciais, etc..). São exemplos cidades como, Fátima, Meca, Vaticano, Santiago de Compostela, Jerusalém, Lourdes...
Função turística (lazer) - Engloba todas as cidades que reúnam boas condições climáticas quer para actividades de Verão, quer para actividades de desportos de Inverno, locais propícios ao divertimento e ainda locais termais. Cidades da Côte D'Azur, e "Algarve", Saint Moritz, Nice, Monte Carlo, Las Vegas, ....
Existem dois tipos de povoamento rural: disperso (como acontece no Douro e Minho) e concentrado (como acontece no Alentejo).
Povoamento concentrado do alentejo
A Taxa de Urbanização é a percentagem de população que habita em cidades e informa-nos sobra o grau de desenvolvimento de um país. Os continentes cuja taxa de urbanização tem crescido mais ao longo do último século são a América do Sul, a África e a Ásia.
Existem três tipos de plantas de cidades:
A planta Ortogonal – apresenta uma forma simples, com ruas perpendiculares. Predomina em cidades novas e só é possível em áreas de terreno plano; Planta de Denver (ortogonal)
A planta Radioconcêntrica – tem ruas circulares e concêntricas em volta do centro da cidade. A partir deste, partem avenidas que cruzam as ruas circulares. Este traçado é característico de cidades muralhadas;Planta de Palma Nuova
A planta Irregular - caracteriza-se pala disposição desordenada das ruas, tortuosas e com bastantes becos sem saída e pátios interiores. Esta planta resulta de um crescimento espontâneo;
Numa cidade distinguem-se três áreas funcionais:
Núcleo Histórico – serviu de base ao crescimento da cidade e é onde se situam os edifícios mais antigos como centro culturais, museus, bibliotecas, etc. As ruas são estreitas e de traçado irregular;
Centro Comercial e Administrativo (CBD) - É onde se encontram os edifícios de administração e de comércio e tem elevada acessibilidade. O preço do solo é elevado e a população residente nesta zona é reduzida, pois apesar de a população ai presente durante o dia ser elevada, as pessoas apenas trabalham nele e vivem noutras áreas (população flutuante). Esta zona é conhecida como Baixa;
Centro comercial e administrativo de Nova Iorque
Áreas Residênciais - é onde a população vive. Nas zonas onde o preço do solo é mais elevado, as condições ambientais são melhores, existem mais espaços verdes, melhores acessos e construção mais cuidada, vivem as classes mais favorecidas. Nas zonas que são o contrário desta, vivem as classes desfavorecidas;
Áreas Industriais - é onde se localizam as fábricas, junto das principais vias de comunicação, e como necessitam de vastos espaços para se expandirem, têm de sair da cidade, recorrendo à sua periferia, onde o solo é mais barato e há menos trânsito.
Devido ao crescimento urbano, nos nossos dias as periferias das cidades alargam-se, invadindo o mundo rural dando origem à suburbanização. A expansão de uma cidade para alem dos seus limites deve-se ao desenvolvimento dos transportes, à excessiva saturação verificada no interior da cidade, ao elevado preço do solo no centro e a dificuldades com congestionamento de trânsito.
O Subúrbio corresponde à área periférica de uma cidade, mais ou menos urbanizada e muito dependente da cidade.
Área Periurbana: Área exterior à cintura suburbana, onde os usos e as estruturas urbanas se misturam com as rurais, não se distinguindo por vezes o campo e a cidade
Periurbanização: Processo de alargamento da urbanização para o espaço periurbano.
As Cidades-Dormitórios são assim designadas quando a maior parte da sua população está ausente da cidade para trabalhar durante o dia, regressando só para dormir.
As Cidades-Satélites são aglomerados urbanos que conseguem criar condições de trabalho permanente à maior parte da sua população, encontrando ai emprego e serviços.
Conurbação é a união da cidade principal com uma ou mais cidades-satélites.
Megalópolis são extensas áreas urbabanizadas constituidas por várias cidades independentes mas aglutinadas pelos seus subúrbios.
Maior megalópolis do Mundo (Costa Este dos E.U.A.)
Causas do êxodo rural nos países em desenvolvimento: . Procura de melhores condições de vida; · Cheias e secas; · Guerras; · Dificuldades de sobrevivência devido à falta de emprego e de serviços básicos. . A fome em África; . Corrupção governamental;
. Deficiência nas infrestruturas;
Causas do êxodo urbano nos países desenvolvidos: · O desenvolvimento dos transportes e das acessibilidades permite que as populações vivam no campo e trabalhem na cidade; · Poluição; · Elevado preço das casas; . Congestionamento de trânsito; . Elevada criminalidade;
Problemas Urbanos
Dum modo geral, quanto mais antiga e maior for uma cidade, mais diversificados e mais complexos vão ser os problemas que se reflectem directa ou indirectamente nas populações urbanas, afectando-as física e psicologicamente. Eles (os problemas) são tantos que é sempre muito difícil fazer uma abordagem, por mais simples quase seja, de todos eles, com a agravante de que quase todos os problemas estão interligados. Vejamos os mais vulgares:
Transportes e trânsito - é possivelmente um dos maiores problemas urbanos, principalmente nas áreas mais antigas das cidades, em que as ruas estreitas e tortuosas, anteriores ao séc.XIX, não escoam o trânsito, com realce para as horas de ponta. Engarrafamentos, lentidão (pára/arranca), nervosismo, cansaço, são as consequências diárias do trânsito caótico que a maioria das cidades alcançou. Relacionado com esta situação há ainda a questão do estacionamento, já que as cidades dificilmente respondem a esta necessidade. Os transportes públicos são muitas vezes poucos para as necessidades e a qualidade dos mesmos não é competitiva com o carro particular.
Poluição - Tanto a poluição atmosférica como a poluição sonora são dois terríveis problemas que as cidades da actualidade têm de enfrentar. As chaminés de algumas fábricas (embora cada vez menos), os escapes de imensos veículos e outras tantas fontes poluentes, tornam a atmosfera urbana, muitas vezes, irrespirável. Além destas formas de poluição, convém igualmente não esquecer os lixos urbanos (domésticos, industriais e hospitalares) e os esgotos que, frequentemente, poluem os cursos de água. Os lixos urbanos apresentam um duplo problema: retirá-los das vias públicas de modo a mantê-las limpas e dar destino (correcto) às centenas de toneladas produzidas diariamente por uma cidade.
Problemas sociais - Uma das razões do elevado crescimento urbano é a atracção que as cidades provocam nas populações de áreas rurais. Contudo as cidades não conseguem acomodar nem empregar todas essas pessoas que procuram na cidade a "ilusão" duma vida melhor. Forçados a sobreviverem e algumas vezes sem mais nenhum local para irem, surgem então os bairros de lata, sem condições, o desemprego, a carência de habitação, a promiscuidade, os assaltos, a droga, a prostituição, a delinquência juvenil, o alcoolismo, a desagregação familiar... e outros mais problemas. Estes males, que não escolhem raça, sexo, religião, ou nacionalidade, afectam sobretudo certas minorias (étnicas, raciais e culturais) que ficam em situação de exclusão social e levam algumas vezes a casos de racismo e xenofobia.
Abastecimentos - As cidades são centros de consumo por excelência e no seu interior pouco se produz, pelo que a maioria dos bens e produtos têm de vir do exterior e chegar aos centros consumidores a "tempo e horas". Dito por outras palavras, todos nós gostamos de comprar produtos frescos, mas estes não são produzidos nas cidades, pelo que se torna necessário criar condições para que eles cheguem atempadamente aos locais de venda, sem que, por exemplo, fiquem "presos" no trânsito urbano. Convém ter presente que na questão dos abastecimentos, não estão apenas os produtos alimentares (tais como leite, frutas, legumes, peixe, etc...), mas também água potável e energia. Infra-estruturas - Com o crescente aumento das populações urbanas, as infra-estruturas construídas rapidamente ficam ultrapassadas e sem meios de satisfazer as necessidades urbanas. Consideram-se nestas infra-estruturas as redes de abastecimento de água e electricidade, as redes de escoamento de águas (esgotos), os cabos de comunicações, e até a dimensão das vias de comunicação (estradas). A maior parte destas estruturas foi feita para servirem um determinado número de habitantes que, rapidamente é ultrapassado. Deste modo, surgem com alguma frequência cortes de electricidade, falta de pressão nos canos de água, dificuldades em fazer chamadas telefónicas, e canos de esgoto que rompem, pois não aguentam a pressão elevada de água que neles circula. Como consequência, assiste-se cada vez mais a obras de beneficiação destas infra-estruturas, de modo a podê-las ter a funcionar correctamente, para um cada vez mais elevado número de habitantes citadinos.
Espaços verdes - O crescimento das cidades leva à destruição de vegetação para poder haver espaço para a construção de variados edifícios e vias de comunicação. Como tal, começam a existir cada vez menos espaços verde nas cidades e, eles, são um bem muito precioso, pois além de ajudarem a renovar e purificar o ar, são igualmente áreas de descanso e lazer.
Equipamentos urbanos - Neste caso estão incluídos creches, hospitais, lares de idosos, escolas.... e as situações problemáticas são completamente opostas: ou há cidades que têm falta deles, ou há excesso de pessoas para os mesmos. Por exemplo, devido (em parte) à diminuição da natalidade, há muitas escolas que são forçadas (por razões económicas) a encerrar, forçando os (poucos) alunos que as frequentavam a irem para outras escolas, só que esta situação vai originar estudantes a mais nas escolas para onde são obrigados a ir.
Doenças - A vida para um citadino não é muito folgada. dum modo geral poder-se-á dizer que ele é um escravo do relógio... sempre a tentar cumprir horários, sempre a tentar chegar a horas para apanhar um determinado meio de transporte.... as situações de nervosismo e ansiedade que se vivem no trânsito das cidades (principalmente em horas de ponta), levam imensas vezes a situações de saturação e de stress. Isto pode ser o suficiente para originar outro tipo de doenças. A vida demasiado agitada também provoca, inúmeras vezes, a que haja falta de tempo para preparar refeições adequadas, ou mesmo para saborear e digerir convenientemente as refeições. Deste modo, muitos habitantes urbanos optam por refeições pouco saudáveis, pouco adequadas (em nutrientes) e, principalmente, que sejam rápidas (quer no tempo de espera das mesmas, quer no consumo)... entrou-se na era das fast food. A má alimentação, o pouco exercício físico e a saturação, o stress e ansiedade, podem ser as causas mais prováveis de doenças cardiovasculares, obesidade, esgotamentos. Algumas formas de poluição, como a atmosférica e a sonora, também podem conduzir a doenças respiratórias (como a asma) e a perturbações psíquicas.
A resolução de muitos dos problemas urbanos é um trabalho difícil e em constante actualização. Por um lado, devido à falta de espaço nas cidades, torna-se difícil arranjar soluções, por outro lado, algumas das medidas postas em prática têm-se mostrado ineficazes, pelo que se torna necessário arranjar outras propostas e soluções. Algumas delas poderão ser:
Planeamento urbanístico - onde se elabora um estudo aprofundado das das cidades, estabelecendo depois localizações específicas para as diversas áreas: de lazer, residenciais, administrativos, industriais....; Substituição dos bairros de lata por construções adequadas e/ou bairros sociais;
Diminuir a poluição - através de estações de tratamento de lixos (urbanos, industriais), bem como de ETAR's (Estações de Tratamento de Águas Residuais), substituição de lixeiras por outros meios de depósito e tratamento de lixos aterros sanitários, incineração, compostagem...), incentivar o uso de energias alternativas (renováveis) e de energias limpas (não poluentes), evitar o consumo desnecessário.
Incentivar o desenvolvimento de cidades de média dimensão, de modo a evitar que a atracção e concentração de populações se destine apenas a duas ou três cidades.
Criação de mais parques de estacionamento, bem como melhorar os transportes públicos (quer em quantidade, quer em qualidade) tornando-os mais atractivos para as populações.
O fenómeno de formação e consequências das chuvas ácidas
O termo "chuva ácida" refere-se à acidez acentuada produzida na água da chuva pela poluição atmosférica. Este termo foi pela primeira vez utilizado em 1858 e tem sido usado desde então.
De facto, toda a chuva tem acidez natural, resultante da combinação do dióxido de carbono existente na atmosfera com a água, formando ácido carbónico, um ácido fraco, que faz com que o pH da chuva seja próximo de 5.6.
Embora existam processos naturais que contribuem para a acidificação da precipitação, com destaque para os gases lançados na atmosfera pelos vulcões e os gerados pelos processos biológicos que ocorrem nos solos, pântanos e oceanos, as fontes antrópicas, isto é resultantes da acção humana, são claramente dominantes.
No entanto, o pH da água da chuva tem decaído constantemente desde o início da revolução industrial. Isto deve-se ao facto de alguns compostos poluentes, como o dióxido de enxofre e os óxidos de azoto, contribuírem para a contínua acidificação da chuva.
Os óxidos de azoto, cujos principais emissores são os veículos automóveis, reagem com as moléculas de água, originando ácido nítrico; o mesmo se passa com o dióxido de enxofre, também expelido pelos automóveis, que ao reagir com a água origina ácido sulfúrico. Isto faz com que o pH da chuva baixe, muitas vezes para valores próximos de 3.
As principais fontes humanas dos gases poluentes primários são as indústrias, as centrais termoelétricas e os veículos de transporte motorizado. Os gases libertados podem ser transportados na circulação atmosférica por muitos milhares de quilómetros antes de reagirem com gotículas de água, originando então os compostos que acidificam a precipitação.
A sua natureza transfronteiriça, já que a circulação atmosférica dispersa os efeitos ao longo de grandes áreas da Terra, leva a que também afecte as regiões situadas a jusante do seu ponto de emissão no sistema de circulação atmosférica, levando a que áreas onde as emissões não são significativas possam ser severamente prejudicadas pela precipitação de poluentes gerados a montante.
As regiões particularmente afectadas pela precipitação ácida incluem a maior parte da Europa, particularmente a Escandinávia, onde muitos dos lagos estão tão acidificados que já não têm peixes e com extensas áreas florestais fortemente danificadas, grande parte do nordeste dos Estados Unidos da América e do sueste do Canadá. Outras regiões afectadas são sudeste da China e Taiwan.
Regiões potencialmente afectadas nas próximas décadas incluem o sul da Ásia (Indonésia, Malásia e Tailândia), a África do Sul, o subcontinente indiano e o Sri Lanka e partes da África Ocidental (países como o Gana, Togo e Nigéria).
Estudos ecotoxicológicos demonstraram que a precipitação ácida tem impactos adversos sobre as florestas, as massas de água doce e os solos, matando plâncton, insectos, peixes e anfíbios. Também demonstraram efeitos negativos sobre a saúde humana. Para além disso, a precipitação ácida aumenta a corrosividade da atmosfera, causando danos em edifícios e outras estruturas e equipamentos expostos ao ar.
Alguns pequenos clips vídeo sobre as diferentes fases de alargamento da U.E.
Todos diferentes em termos de apresentação de conteúdo mas todos com informações pertinentes sobre a construção europeia.
A União Europeia (EU) é uma comunidade da qual Portugal e outros países europeus fazem parte. Quando foi fundada em 1957, com o objectivo de garantir a paz e o desenvolvimento económico, de uma Europa devastada pela II Guerra Mundial, chamava-se Comunidade Económica Europeia (CEE) e contava apenas com seis países: a Bélgica, a Holanda, o Luxemburgo, a França, a Itália e a República Federal Alemã. Posteriormente, aderiram a esta comunidade: - em 1973, o Reino Unido, a Irlanda e a Dinamarca; - em 1981, a Grécia; - em 1986, a Espanha e Portugal; - em 1995, a Áustria, a Suécia e a Finlândia. -em 2004, a Polónia, Hungria, Rep. Checa, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Letónia, Lituânia, Chipre e Malta; -em 2007, a Bulgária e a Roménia;
A comunidade inicial de seis países – a Europa dos Seis – transformou-se, sucessivamente, numa comunidade mais alargada – a Europa dos 9, dos 12, dos 15, dos 25 e finalmente dos 27,Porém, antes do alargamento de 1995, o território e a população da União Europeia aumentaram com a reunificação da Alemanha, em 1990. Em 1992, a CEE passou a chamar-se União Europeia, pois, com a assinatura do Tratado de Maastricht, os objectivos da comunidade, para além da cooperação económica, começaram a abranger aspectos políticos, sociais e culturais.