Povoamento concentrado do alentejo
Existem três tipos de plantas de cidades:
A planta Ortogonal – apresenta uma forma simples, com ruas perpendiculares. Predomina em cidades novas e só é possível em áreas de terreno plano;
Planta de Denver (ortogonal)
A planta Radioconcêntrica – tem ruas circulares e concêntricas em volta do centro da cidade. A partir deste, partem avenidas que cruzam as ruas circulares. Este traçado é característico de cidades muralhadas; Planta de Palma Nuova
A planta Irregular - caracteriza-se pala disposição desordenada das ruas, tortuosas e com bastantes becos sem saída e pátios interiores. Esta planta resulta de um crescimento espontâneo;
Núcleo Histórico – serviu de base ao crescimento da cidade e é onde se situam os edifícios mais antigos como centro culturais, museus, bibliotecas, etc. As ruas são estreitas e de traçado irregular;
Centro Comercial e Administrativo (CBD) - É onde se encontram os edifícios de administração e de comércio e tem elevada acessibilidade. O preço do solo é elevado e a população residente nesta zona é reduzida, pois apesar de a população ai presente durante o dia ser elevada, as pessoas apenas trabalham nele e vivem noutras áreas (população flutuante). Esta zona é conhecida como Baixa;
Centro comercial e administrativo de Nova Iorque
Áreas Industriais - é onde se localizam as fábricas, junto das principais vias de comunicação, e como necessitam de vastos espaços para se expandirem, têm de sair da cidade, recorrendo à sua periferia, onde o solo é mais barato e há menos trânsito.
Devido ao crescimento urbano, nos nossos dias as periferias das cidades alargam-se, invadindo o mundo rural dando origem à suburbanização. A expansão de uma cidade para alem dos seus limites deve-se ao desenvolvimento dos transportes, à excessiva saturação verificada no interior da cidade, ao elevado preço do solo no centro e a dificuldades com congestionamento de trânsito.
O Subúrbio corresponde à área periférica de uma cidade, mais ou menos urbanizada e muito dependente da cidade.
Área Periurbana: Área exterior à cintura suburbana, onde os usos e as estruturas urbanas se misturam com as rurais, não se distinguindo por vezes o campo e a cidade
Periurbanização: Processo de alargamento da urbanização para o espaço periurbano.
As Cidades-Dormitórios são assim designadas quando a maior parte da sua população está ausente da cidade para trabalhar durante o dia, regressando só para dormir.
As Cidades-Satélites são aglomerados urbanos que conseguem criar condições de trabalho permanente à maior parte da sua população, encontrando ai emprego e serviços.
Conurbação é a união da cidade principal com uma ou mais cidades-satélites.
Megalópolis são extensas áreas urbabanizadas constituidas por várias cidades independentes mas aglutinadas pelos seus subúrbios.
Maior megalópolis do Mundo (Costa Este dos E.U.A.)
Causas do êxodo rural nos países em desenvolvimento:
. Procura de melhores condições de vida;
· Cheias e secas;
· Guerras;
· Dificuldades de sobrevivência devido à falta de emprego e de serviços básicos.
. A fome em África;
. Corrupção governamental;
Causas do êxodo urbano nos países desenvolvidos:
· O desenvolvimento dos transportes e das acessibilidades permite que as populações vivam no campo e trabalhem na cidade;
· Poluição;
· Elevado preço das casas;
. Congestionamento de trânsito;
. Elevada criminalidade;
Problemas Urbanos
Dum modo geral, quanto mais antiga e maior for uma cidade, mais diversificados e mais complexos vão ser os problemas que se reflectem directa ou indirectamente nas populações urbanas, afectando-as física e psicologicamente. Eles (os problemas) são tantos que é sempre muito difícil fazer uma abordagem, por mais simples quase seja, de todos eles, com a agravante de que quase todos os problemas estão interligados. Vejamos os mais vulgares:
Transportes e trânsito - é possivelmente um dos maiores problemas urbanos, principalmente nas áreas mais antigas das cidades, em que as ruas estreitas e tortuosas, anteriores ao séc.XIX, não escoam o trânsito, com realce para as horas de ponta. Engarrafamentos, lentidão (pára/arranca), nervosismo, cansaço, são as consequências diárias do trânsito caótico que a maioria das cidades alcançou. Relacionado com esta situação há ainda a questão do estacionamento, já que as cidades dificilmente respondem a esta necessidade. Os transportes públicos são muitas vezes poucos para as necessidades e a qualidade dos mesmos não é competitiva com o carro particular.
Poluição - Tanto a poluição atmosférica como a poluição sonora são dois terríveis problemas que as cidades da actualidade têm de enfrentar. As chaminés de algumas fábricas (embora cada vez menos), os escapes de imensos veículos e outras tantas fontes poluentes, tornam a atmosfera urbana, muitas vezes, irrespirável. Além destas formas de poluição, convém igualmente não esquecer os lixos urbanos (domésticos, industriais e hospitalares) e os esgotos que, frequentemente, poluem os cursos de água. Os lixos urbanos apresentam um duplo problema: retirá-los das vias públicas de modo a mantê-las limpas e dar destino (correcto) às centenas de toneladas produzidas diariamente por uma cidade.
Problemas sociais - Uma das razões do elevado crescimento urbano é a atracção que as cidades provocam nas populações de áreas rurais. Contudo as cidades não conseguem acomodar nem empregar todas essas pessoas que procuram na cidade a "ilusão" duma vida melhor. Forçados a sobreviverem e algumas vezes sem mais nenhum local para irem, surgem então os bairros de lata, sem condições, o desemprego, a carência de habitação, a promiscuidade, os assaltos, a droga, a prostituição, a delinquência juvenil, o alcoolismo, a desagregação familiar... e outros mais problemas. Estes males, que não escolhem raça, sexo, religião, ou nacionalidade, afectam sobretudo certas minorias (étnicas, raciais e culturais) que ficam em situação de exclusão social e levam algumas vezes a casos de racismo e xenofobia.
Abastecimentos - As cidades são centros de consumo por excelência e no seu interior pouco se produz, pelo que a maioria dos bens e produtos têm de vir do exterior e chegar aos centros consumidores a "tempo e horas". Dito por outras palavras, todos nós gostamos de comprar produtos frescos, mas estes não são produzidos nas cidades, pelo que se torna necessário criar condições para que eles cheguem atempadamente aos locais de venda, sem que, por exemplo, fiquem "presos" no trânsito urbano. Convém ter presente que na questão dos abastecimentos, não estão apenas os produtos alimentares (tais como leite, frutas, legumes, peixe, etc...), mas também água potável e energia.
Infra-estruturas - Com o crescente aumento das populações urbanas, as infra-estruturas construídas rapidamente ficam ultrapassadas e sem meios de satisfazer as necessidades urbanas. Consideram-se nestas infra-estruturas as redes de abastecimento de água e electricidade, as redes de escoamento de águas (esgotos), os cabos de comunicações, e até a dimensão das vias de comunicação (estradas). A maior parte destas estruturas foi feita para servirem um determinado número de habitantes que, rapidamente é ultrapassado. Deste modo, surgem com alguma frequência cortes de electricidade, falta de pressão nos canos de água, dificuldades em fazer chamadas telefónicas, e canos de esgoto que rompem, pois não aguentam a pressão elevada de água que neles circula. Como consequência, assiste-se cada vez mais a obras de beneficiação destas infra-estruturas, de modo a podê-las ter a funcionar correctamente, para um cada vez mais elevado número de habitantes citadinos.
Espaços verdes - O crescimento das cidades leva à destruição de vegetação para poder haver espaço para a construção de variados edifícios e vias de comunicação. Como tal, começam a existir cada vez menos espaços verde nas cidades e, eles, são um bem muito precioso, pois além de ajudarem a renovar e purificar o ar, são igualmente áreas de descanso e lazer.
Equipamentos urbanos - Neste caso estão incluídos creches, hospitais, lares de idosos, escolas.... e as situações problemáticas são completamente opostas: ou há cidades que têm falta deles, ou há excesso de pessoas para os mesmos. Por exemplo, devido (em parte) à diminuição da natalidade, há muitas escolas que são forçadas (por razões económicas) a encerrar, forçando os (poucos) alunos que as frequentavam a irem para outras escolas, só que esta situação vai originar estudantes a mais nas escolas para onde são obrigados a ir.
Doenças - A vida para um citadino não é muito folgada. dum modo geral poder-se-á dizer que ele é um escravo do relógio... sempre a tentar cumprir horários, sempre a tentar chegar a horas para apanhar um determinado meio de transporte.... as situações de nervosismo e ansiedade que se vivem no trânsito das cidades (principalmente em horas de ponta), levam imensas vezes a situações de saturação e de stress. Isto pode ser o suficiente para originar outro tipo de doenças. A vida demasiado agitada também provoca, inúmeras vezes, a que haja falta de tempo para preparar refeições adequadas, ou mesmo para saborear e digerir convenientemente as refeições. Deste modo, muitos habitantes urbanos optam por refeições pouco saudáveis, pouco adequadas (em nutrientes) e, principalmente, que sejam rápidas (quer no tempo de espera das mesmas, quer no consumo)... entrou-se na era das fast food. A má alimentação, o pouco exercício físico e a saturação, o stress e ansiedade, podem ser as causas mais prováveis de doenças cardiovasculares, obesidade, esgotamentos. Algumas formas de poluição, como a atmosférica e a sonora, também podem conduzir a doenças respiratórias (como a asma) e a perturbações psíquicas.
Possíveis soluções para alguns problemas urbanos.
A resolução de muitos dos problemas urbanos é um trabalho difícil e em constante actualização. Por um lado, devido à falta de espaço nas cidades, torna-se difícil arranjar soluções, por outro lado, algumas das medidas postas em prática têm-se mostrado ineficazes, pelo que se torna necessário arranjar outras propostas e soluções. Algumas delas poderão ser:
Planeamento urbanístico - onde se elabora um estudo aprofundado das das cidades, estabelecendo depois localizações específicas para as diversas áreas: de lazer, residenciais, administrativos, industriais....;
Substituição dos bairros de lata por construções adequadas e/ou bairros sociais;
Diminuir a poluição - através de estações de tratamento de lixos (urbanos, industriais), bem como de ETAR's (Estações de Tratamento de Águas Residuais), substituição de lixeiras por outros meios de depósito e tratamento de lixos aterros sanitários, incineração, compostagem...), incentivar o uso de energias alternativas (renováveis) e de energias limpas (não poluentes), evitar o consumo desnecessário.
Incentivar o desenvolvimento de cidades de média dimensão, de modo a evitar que a atracção e concentração de populações se destine apenas a duas ou três cidades.
Criação de mais parques de estacionamento, bem como melhorar os transportes públicos (quer em quantidade, quer em qualidade) tornando-os mais atractivos para as populações.
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